sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Maçonaria e o imperador Constantino


Maçonaria – O Imperador Constantino




No processo de entendermos melhor o início do Cristianismo – vamos falar sobre o Imperador Constantino.
Como Constantino é famoso hoje em dia, eu pretendia passar por ele sem precisar de um Post só para ele.
A maioria já sabe de quem se trata devido ao Código da Vinci e aos muitos documentários da National Geographic que vieram depois.
Mas, como não vale a pena deixar espaços vazios na história resolvi falar das questões que fizeram Constantino ficar conhecido.

Constantino

As pessoas tem tratado Constantino como se ele fosse o homem mais cruel de toda a história da Igreja, mentindo e fazendo de tudo para que o Cristianismo crescesse a qualquer custo.
Constantino foi o primeiro Imperador a adotar o Cristianismo como religião oficial. Ele teve um papel fundamental no desenvolvimento do Cristianismo nessa época.
Muitos tem a impressão de que Constantino foi o grande responsável por incorporar todos os elementos pagãos da época dentro do Cristianismo. No entanto, Constantino faz isso apenas com as coisas mais objetivas como, por exemplo, datas comemorativas já existentes e que passavam a ser Cristãs.
Como já vimos anteriormente, já tivemos outros filósofos que incorporaram e alinharam as doutrinas da época com o Cristianismo. O próprio Agostinho precisou de explicações extra bíblicas (como o platonismo) para poder montar sua filosofia.
Isso sem falar que, além de Constantino e todos esses filósofos, toda a Tradição Católica foi sendo montada desde os primeiros Papas.
Mas o que é a Tradição Católica?

A Tradição Católica

Vou explicar isso de uma forma que, acredito, fará com que você não esqueça mais.
Você saberia me dizer, claramente, qual é a diferença entre o Catolicismo e o Protestantismo? Pense bem nisso e dê uma resposta para si antes de prosseguir.
A maioria esmagadora dos Brasileiros não sabe essa resposta, que é simples e rápida, e que alguns julgam ser: “A diferença é que os Crentes não cultuam imagens”, “ A diferença é ….”
A resposta é simples:
“A diferença entre o Catolicismo e o Protestantismo está na Tradição Católica.”
Durante os muitos séculos de Catolicismo acabou se criando o que chamamos de “Tradição Católica”, que leva esse nome por se tratar de uma Tradição, ou seja, que NÃO pode ser justificada pela Bíblia.
E essa é a diferença essencial que separa o Protestantismo do Catolicismo. O Protestantismo não admite aquilo que não seja justificado pela Bíblia.
Se você passar a reparar, todas as críticas fundamentais do Protestantismo, contra o Catolicismo, tem a ver com essa questão.
Mas porque a Tradição Católica foi sendo aceita se não se justificava biblicamente?
A Tradição Católica foi sendo criada desde os primeiros séculos. A cada Papa, e filosofia aceita pela Igreja, foi se criando essa Tradição. Ela foi sendo aceita porque não foi feita de um dia para o outro.
As coisas iam acontecendo. Pequenas mudanças eram feitas, e as coisas foram sendo justificadas e aceitas pelas gerações futuras porque, “se foi sendo assim desde o começo – desde a época de Cristo – é porque deve estar de acordo com o Cristianismo Primitivo”.
Agora faça essa pergunta para os Evangélicos e Católicos que você conhece e veja quantos saberão responder a essa pergunta.

A Bíblia

Voltando a Constantino, também é comum que as pessoas o culpem 100% pela Bíblia ser como é, mesmo que, oficialmente, ele não seja acusado disso.
Geralmente isso está relacionado ao Concílio de Nicéia.
De fato, foi ali que começou a ser decidido o Canon Bíblico – apesar de só ficar resolvido décadas depois, no Concílio de Cartago. No entanto, cabe aqui uma observação.
O processo de organização da Bíblia não foi uma escolha de livros “um a um”.
Parece que as pessoas esquecem que o Antigo Testamento (a “Tanar”) já existia, antes mesmo do suposto nascimento de Cristo. E este representa mais de 75% da Bíblia. Foi só uma questões de resolver alguns detalhes com relação a alguns livros aceitos e rejeitados pelo Judaísmo.
Tendo resolvido isso, o resto foi ocupado pelo Novo Testamento que, também não foi uma escolha a dedo (com excessão dos Evangelhos).
Outra grande crítica está relacionada ao fato de que ele (Constantino) vinha de outras correntes, portanto, é como se um pagão estivesse montando o livro mais sagrado do cristianismo, e isso é usado como crítica aos Cristãos.
Acontece que a grande verdade é que, por mais que seja real que Constantino já tenha defendido outros deuses, e o próprio “Deus Sol”, isso não quer dizer que ele as defendia por ideologia.
Constantino foi político nas suas escolhas ideológicas. Em toda a sua história ele apresentava seu “caminho” de acordo a quem servia. Fosse quando estava junto com o Imperador Maximiano, fosse quando precisava da aprovação do povo.
Apesar disso, existiu critério na escolha por parte dos Concílios, e quando você fizer essa crítica para um cristão estudioso (ou padres, seminaristas e etc) eles vão explicar detalhadamente o processo e do porque isso JAMAIS seria motivo param criticar a legitimidade da Bíblia e do Cristianismo. E a verdade é que realmente eles estão certos. Apesar de tudo, há justificativa e há critério.
Por fim, não há tantos motivos assim para se criticar Constantino. Os não-cristãos o fazem por dizer que “se não fosse ele, o Cristianismo não chegaria onde chegou”, mas não se pode afirmar que algo não aconteceria se alguém não tivesse feito – isso porque é impossível sabermos se outro alguém poderia ter vindo e feito.
Há muita coisa para se criticar no Cristianismo, mas, particularmente, não acho que Constantino mereça todo esse crédito. Era apenas um Imperador fazendo o seu trabalho – e sendo político nas horas certas – e nada disso inviabiliza a doutrina cristã.

Estou esperando os comentários !!!!

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