sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Maçonaria- filosofia do cristianismo primitivo


Maçonaria – Filosofia do Cristianismo Primitivo




Dando prosseguimento a Categoria Maçonaria, hoje vamos falar dos primeiros personagens responsáveis pelas bases filosóficas do Cristianismo nos primeiros séculos.
Obviamente, elas foram sofrendo alterações, durante os séculos, até chegar na forma atual. Ao final dessa série espero que essas questões já estejam claras ao leitor.
O “cristianismo primitivo” que será apresentado aqui, estará entre os séculos I, II e III – e com alguns personagens marcantes desses séculos.
Claro que poderia ter sido feito um único Post para falarmos do Século Primeiro, outro Post para falar do Segundo, e mais um do Terceiro, mas não há necessidade disso tendo em vista que essa não é a proposta do Blog e tudo isso é apenas a apresentação de um caminho para chegarmos em uma época posterior da história.
Igualmente a história de cada um dos personagens aqui citados também poderiam dar ótimos Posts, por serem bem interessantes, mas vamos nos ater apenas nos pontos mais importantes.

O Cristianismo de Paulo de Tarso – Século I

Depois do que foi dito no Post acerca de Jesus, pode ter ficado a pergunta: “De onde então veio toda a Doutrina do Cristianismo, se não de Cristo?”
Bem, veio do mais famoso dos Apóstolos, o Apostolo Paulo.
Muitos já ouviram falar de Paulo de Tarso, mas o que muitos não sabem é que ele não foi um dos 12 Apóstolos de Cristo. Paulo só foi se converter após a suposta crucificação de Cristo.
Paulo é conhecido por ter não só um, mas vários livros no Novo Testamento. As várias cartas que ele enviou, aos muitos povos, se tornaram os vários livros que temos no Novo Testamento.
Foi um dos maiores difusores do Cristianismo no mundo. Levou sua doutrina além das fronteiras romanas e judaicas e fez com que o Cristianismo não fosse extinto como mais uma simples seita de judeus. Portanto, Paulo é merecidamente uma figura muito conhecida no Cristianismo.
Hoje em dia, Paulo é atacado por muitos que pregam que o Cristianismo deveria ser diferente do que é. Dizem que não há um Cristianismo, que o que existe é um “Paulinismo”. Defendem que essa era a visão de Paulo e não de Cristo e de seus Apóstolos.
Ok, com relação a ser a visão de Paulo não há muito o que discutir, mas, se você leu o Post anterior, sabe bem que não há registros das palavras de Jesus e que sua existência histórica basicamente se resume a poucas citações com relação ao “criador do cristianismo”.
Aos que criticam o “cristianismo paulinista”, como então eles sugerem que o cristianismo deveria ser? Que tipo de doutrina Paulo deveria ter defendido?
Perceba que não me interessa aqui entrar na discussão sobre os escritos de Paulo, e se eles eram radicais ou não (ponto esse que é um dos mais usados quando se critica Paulo de Tarso). Isso sem falar nas afirmações de que “Paulo impediu que as verdadeiras palavras de Cristo fossem a base do Cristianismo”.
Bem, com todo o avanço da humanidade não encontramos nenhuma incontestável e histórica palavra de Cristo até hoje.

Marcião e os Primeiros Passos do Cristianismo – Século II

Marcião foi um dos maiores seguidores Teológico do Apóstolo Paulo. Se destacava por duaspeculiaridades.
Uma era a forma fria e racionalista com que ele examinava as provas documentais da Igreja.  A outra era sua Doutrina pura e simples com relação ao Amor. Ambos foram motivos o fizeram ser considerado herege, no futuro.
Hoje em dia não se aceita que apenas o amor ao próximo e a prática do bem seja capaz de salvar o homem. Antigamente não era diferente.
Na verdade, foi graças a Marcião que a Igreja foi obrigada a começar a estabelecer normais mais sólidas.
A doutrina do puro e simples amor vinha como consequência da forma crítica como ele enxergava as escrituras no geral (incluindo o Antigo testamento). Lembram do Post Lúcifer na Maçonaria – Pt2 quando falamos da existência de um Deus do Antigo Testamento e um Deus no Novo Testamento?
Foi de Marcião a ideia de que existiam dois Deuses diferentes. Essa ideia foi levada adiante e aceita pelos Gnósticos e, até hoje, tem uma grande força em várias correntes místico-ocultistas.
Como cristão ele achava um absurdo que o Deus do Antigo Testamento se tratasse do mesmo Deus de Amor, descrito por Paulo e pelos Evangelistas. Tudo só fazia sentido para ele se houvesse essa distinção.
Deus para ele não poderia ter qualquer ligação com o mundo físico. Por isso aquele que construiu o mundo, testou a fé de Abraão, bateu papo com Moisés e jogou grilos no Egito, só poderia ter sido Yahvéh.
Posteriormente a ideia que Marcião tinha de Yahvéh fez com que surgisse a teoria de que Lúcifer seria o próprio Yahvéh. Claro que o cristianismo jamais poderia cogitar discutir essa possibilidade, afinal, não seria muito Cristão dizer que Deus era Lúcifer, certo? [Vamos explorar essa visão e suas consequências doutrinárias quando estrarmos na série sobre a Mitologia de Lúcifer.]
Marcião rejeitou vários dos Livros Sagrados e atraiu muitos seguidores com sua crença que parecia ter mais lógica do que a que estava sendo pregada. Não durou muito para que a Igreja o excluísse e surgisse um “MARCIONISMO”.
Por fim, o questionamento de Marcião com relação aos evangelhos fazia ele defender que apenas um evangelho era verdadeiro, e que todos os outros foram feitos para defender, de alguma forma, as visões judaicas. O único que ele considerava verdadeiro era o de Lucas.

Orígenes e a “Filosofia do Cristianismo” – Século III

Orígenes foi o grande responsável por dar a filosofia necessária para que o Cristianismo se estabelecesse como uma corrente de pensamento que poderia ser justificada através do estudo e da compreensão. Dele veio a busca dos significados ocultos em cada frase da Bíblia e das muitas alegorias que poderiam estar contidas na Bíblia.
Umas de suas propostas nos ensinou a olhar a Bíblia de várias formas. A primeira era ler a bíblia no sentido Literal; a segunda era através de um contexto Moral e, por fim, deveríamos entender a Bíblia no sentido Espiritual.
Foi graças a essa nova visão – e aos novos caminhos que acabavam de surgir para o Cristianismo – que passou a ser possível a briga com as outras correntes que combatiam as ideias Cristãs (principalmente os Gnósticos e defensores da doutrina de Marcião) já que agora era possível enxergar a Bíblia de outra forma que não fosse a Literal.
No entanto, apesar da filosofia necessária que ele dava ao Cristianismo, Orígenes foi rejeitado por muitos Cristãos (e considerado herege, três séculos depois) por concluir muitas coisas, filosoficamente, que não se justificariam apenas com a leitura da Bíblia.
Das esse “corpo” ao Cristianismo foi muito importante, e faz com que ele seja lembrado e estudado até hoje por isso, sendo que ainda existem ideias de Orígenes que são consideradas.
Particularmente, creio que a melhor frase que explica como a Igreja encara Orígenes foi uma frase dita no século V:
“As obras de Orígenes são como uma campina com flores de todo tipo. Se encontro uma flor bonita, eu a apanho; mas se alguma coisa me parece espinhosa eu a evito como faria com um espinho.”
Orígenes também tinha uma ideia curiosa – que até criava um certo contraste com a sua defesa do entendimento através da filosofia – de que havia a necessidade de amar a Deus, verdadeiramente, para que fosse possível compreender as escrituras (como se a porta da verdadeira intuição, que permitiria enxergar o cristianismo de verdade, só estaria aberta para aquele que decidiu se entregar a Deus de todas as formas – algo que ele fez com maestria, chegando até a se castrar para evitar as tentações da carne).

Mas Enfim…

Porque estamos falando disso tudo? É apenas uma curiosidade?
Orígenes e Marcião foram condenados como hereges por tudo que eles desenvolveram, mas existem muitas teorias que defendem que esses pontos de vista poderiam ter sido o verdadeiro cristianismo.
O que sabemos é que naquela época nada ainda estava realmente decidido, e ainda haviam muitas divergências entre os Cristãos, mas é fato que tudo poderia ser bem diferente do que é hoje.
A palavra do Papa deve ser considerada como a grande autoridade da Igreja? Quando exatamente isso começou na tradição católica? Isso deveria mesmo ser assim? Sou menos Católico se não acato a decisão Papal? Enfim. Voltaremos a falar disso no Post sobre a Tradição Católica.



Um comentário:

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